Quando me perguntam a minha profissão, eu respondo que sou designer.
Quando me perguntam o que é que eu faço, eu respondo ilustração.
Quando penso no assunto, acho que sou apenas criativa.
Não me considero boa designer, nem boa ilustradora, mas gosto imenso de explorar diferentes materiais e suportes, experimentar, meter as mãos na massa, fazer disparates e aprender. (Não quero que me julguem por dizer que não me considero boa designer, nem boa ilustradora, mas sei as minhas limitações, e também sei que é um processo, tenho muito para aprender e evoluir! E duvido que algum dia me considere uma boa ilustradora, vou ter sempre mais e mais e mais para aprender!)
Para além de me considerar uma pessoa criativa, estou rodeada de pessoas que confiam em mim, mais do que eu. E dizem coisas como “Tenho lá em casa uma prancha, pintas?”, “Tenho umas sapatilhas brancas, pintas?”
Eu digo que sim, sem me responsabilizar por danos causados. Se bem que eles não são tolos e, regra geral, são produtos para dar uma nova vida.
Desta vez, venho aqui mostrar-vos as sapatilhas da Peter, ela pediu-me como prenda de anos, mas chegaram como prenda de natal…ups! Já lhe pedi desculpa! Não costumo falhar tanto nas entregas, mas desta vez tenho a desculpa que se meteu uma pandemia pelo meio e ela estava/está deslocada do país.
E aqui está o esboço das ilustrações que fiz:
A temática, e as primeiras ideias foram escolhidas pela Ana Pedro.
Fazer os esboços nem foi difícil, mas como é que ia passar o desenho para as sapatilhas? Numa ainda tentei decalcar, mas com o formato da sapatilha e as costuras não correu muito bem, por isso na segunda arrisquei fazer logo a lápis as linhas principais, e depois…depois é só agarrar nas canetas e seguir em frente, sem medo.
Arriscar e aprender, é o meu lema!
Que tal?
Vou deixar aqui também um bocadinho do processo:
Eu adorei fazer e acho que ela também adorou o resultado final, mal posso esperar pelo próximo desafio destes!
Até breve,
Dirce Russo